terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Olhares

Olhares: "

O mundo, como eu o vejo.

"

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TRADIÇÕES

Vou pedir licença para Walcyr Carrasco e iniciar meu texto com o primeiro parágrafo da belíssima crônica que escreveu para a Revista Veja do dia primeiro de dezembro passado: “Sou apaixonado pelas pequenas tradições. Gosto de levar flores quando visito alguém pela primeira vez. Adoro bolo de casamento. Por maior que seja o regime, eu me atiro nos brigadeiros e línguas de sogra das festinhas infantis. Natal tem de ter árvore com bolas e luzinhas coloridas. E, como em todos os anos, acabo de montar a minha.”
Assim como esse conceituado autor de novelas, também gosto muito de pequenas tradições e coincidentemente as referidas por ele, são também algumas das minhas. Mas além dessas, tenho outras.
Uma das tradições que herdei de meus pais é ir aos domingos na Praça da República ouvir a centenária Banda Carlos Gomes tocar. Quando eu era pequena, isso era um rito sagrado em casa, assim como ir à missa. Domingo sem missa, não era domingo; sem banda, também não. Íamos a pé ao Jardim de Baixo e eu e meu irmão Mir fazíamos aquilo que até hoje as crianças fazem: rodar em volta do coreto ao som da nossa mais tradicional agremiação musical. Quando meus filhos eram pequenos, a tradição continuou. Por muitos anos. Hoje, com os filhos crescidos, eu e meu marido ainda temos o costume de ir de vez em quando, ouvir a banda tocar. Nós nos sentamos em um banco e ficamos conversando, trocando idéias, recordando o tempo em que namorávamos ali, assim como muitos casais o fizeram, fosse qual fosse a estação do ano. E ouvindo aquele centenário som, voltam na memória todos aqueles alegres momentos que ali passamos com nossos pais, com nossos filhos, uma tradição que desejamos, possam nossos filhos repetir com seus filhos. A banda é um patrimônio da cidade e assim deve ser tratada, cuidada e prestigiada.

Outra tradição que cultivo e recebi de herança é visitar parentes. Quando eu era pequena, minha avó me levava nos domingos de manhã para a casa do nono, o pai dela, para pedir a bênção. Eu também ia com ela visitar as suas irmãs, suas cunhadas, suas comadres e talvez por isso saiba de tantas histórias sobre nossa família, os Munerato. Meu pai também gostava muito de pegar nosso DKW azul e sair com a família, aos domingos, para visitar a parentada. Fomos muitas vezes fazer visitas à mãe dele, às suas irmãs em Lins, ao irmão no Rio de Janeiro e aos parentes da minha mãe que moravam em Iguatemi, Piratininga, Nova Europa. Sempre que posso faço uma visitinha para os integrantes da minha família e da do meu marido. Existe coisa mais gostosa do que sentar com a tia e relembrar tudo de bom que aconteceu em nossas vidas? Tem alegria maior do que rir muito com os primos lembrando os momentos que passamos fazendo traquinagens? Há momentos melhores do que tomar um cafezinho com os irmãos e a mãe, jogando conversa fora? E que delícia é visitar os parentes do marido e saber de histórias da família!

Uma tradição que herdei de meus pais é cultivar, apreciar e prestigiar as coisas de Jaú. Só para dar um exemplo, na casa de meus pais, nos almoços de domingo, nunca faltou refrigerante XV. Mesmo depois do advento da Coca Cola, continuávamos degustando o autêntico gostinho jauense, que faz sucesso até hoje. Sempre preferimos lojas, profissionais de saúde, escolas da cidade. Hoje também damos preferência a produtos e serviços da cidade, pois aqui há em todas as áreas excelentes profissionais e empresas especializadas. Além daqueles que manufaturam seus produtos quase que artesanalmente. No casamento de minha filha Juliana, dos convites aos bem-casados, foi tudo autenticamente jauense.

Para que buscar fora o que temos aqui? Por que não prestigiar o que é nosso? Jaú tem tudo de bom que a gente precisa. É só procurar, que a gente acha.
Albert Einstein disse certa vez que “além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos.“ Quem somos nós para contestar esse gênio da humanidade?

domingo, 14 de novembro de 2010

Dia da Lembrança Negra


Os negros sempre estiveram presentes na minha vida e da minha família e este texto é uma homenagem a eles, que sempre tiveram o nosso respeito, porque a igualdade é um princípio cidadão, cristão e todos têm os mesmos direitos e deveres dentro da sociedade. Discriminar minorias, além de crime, é falta de humanidade.
Quando eu era pequena, costumava ir com minha mãe ao Vespeiro, que ficava no início da Rua Sete de Setembro, onde hoje há um posto de gasolina. Era um local habitado apenas por negros; nós morávamos ali perto e íamos visitar Dona Noêmia, nossa conhecida. Eu me lembro que ela tinha um grande pilão, no qual fazia uma simpatia para bebês que custavam a andar. Se estes teimavam em ficar engatinhando, quando outros da mesma idade já andavam, as mães os levavam até ela para fazer a tal simpatia. Ela colocava a criança dentro do pilão, fazia movimentos como se esta fosse um socador e dizia umas palavras que ninguém entendia. E não é que funcionava?
No local, as casas eram geminadas, como aquelas das colônias das fazendas, e ali moravam as figuras folclóricas Subica, Pé de Leque e Nego Cinda, além do Gonça, um ótimo carpinteiro e marido de Ornélia, que trabalhava conosco. Quando o Vespeiro foi derrubado, muitos foram morar na Vila XV; Gonça e a família se mudaram para a Vila Sampaio e durante muitos anos ele desfilou nas escolas de samba da cidade. Num dos carnavais, ele apareceu em casa e deu uma missão para meu irmão, Mir: pediu que ele lhe fizesse uma coroa bem bonita, porque ele iria sair vestido de Rei, no domingo. Seu desejo foi cumprido e ele e mulher desfilaram naquela noite, com garbo e ginga de majestades carnavalescas.


Na Rua General Isidoro, bem perto de onde é hoje a esquina com Rua Conde do Pinhal, havia um conjunto de casas também habitadas por famílias de negros, entre elas a Carvalho. Eu me lembro de Sabará, que foi jogador do Galo da Comarca e sua irmã Maria das Graças, que até hoje desfila em escola de samba com alegria contagiante. Nos fundos das casas, havia uma grande montanha de areia, o areião. Eu, meus amigos e a meninada da redondeza nos divertíamos ali. Era nossa praia. Numa das casas morava Quim Carvalho, que gostava muito de música e tocava sanfona. Um dia, na década de 90, ele veio a minha casa para trabalhar como pintor. Na hora do cafezinho, eu me sentava ao lado dele, para ouvir histórias do tempo em que ia tocar nas fazendas de Jaú e da época em que a molecada brincava no areião do seu quintal.
Na Orquestra Continental havia vários músicos negros e convivi mais com três: Rubinho, que tocava bateria, Jesus de Oliveira, trombonista, conhecido como Deus, cujos filhos Paulo e Jesus foram meus colegas de docência e Bambuzinho, que tocava pandeiro, hoje é o Mestre Bambu que ensaia várias fanfarras da cidade e nas apresentações comparece impecavelmente vestido com seu terno branco. Ele é um Borges, a família das Sofias e dos Bambus. Eu me lembro que eu era menina e ia com meu pai à casa do Bambuzão, perto da então chamada Ponte dos Suspiros, e lá encontrava com a matriarca Sofia, várias Sofiazinhas e Bambuzinhos, meus amigos até hoje. Entre eles, Rosângela Sofia, minha colega de Industrial e José Luiz, o Bambu, comandante da Banda Marcial do Aristocrata Clube.



Convivi também com os Américo: Edu- o grande jogador do Santos, amigo de infância e juventude do meu marido- Cidinha, Ciça, Etelvina e Terezinha, amigas de longa data;


os Vieira, com a qual convivo há mais de 40 anos; Catarina é minha ajudante e madrinha de meus dois filhos;



os Manoel, de Isabela, Maurício e Silvio; os Souza de Marina, Iara (iara) e Maneco; os Lopes de Mestre Marcial; os Damas; os Ferreira, do militar Bernardo; os Camargo, do conhecidíssimo Dito Camargo; outros Souza, de Purunga, Neil e Elke; os Lucas, de Osvaldo, um dos melhores dançarinos que Jaú já teve e tantos outros que agora me fogem à memória.


Como diz Camila Killiark “se as pessoas soubessem dar valor ao caráter, o quanto elas dão importância à classe social, cor e beleza, talvez o mundo não estivesse à beira do abismo” e não seria necessário um dia da consciência negra, um dia da consciência gay, um dia da consciência indígena, um dia da consciência deficiente, um dia da consciência das mulheres espancadas, um dia da consciência pobre. Igualdade de direitos é acima de tudo um preceito constitucional.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

VOLTEI !!!!!!!!!

Depois de algum tempo ausente deste blog, voltei. Com força total.

Esse é Tufi, meu novo vizinho.


Ele está todo preocupado e com razão. Ele mora bem na esquina da rua Visconde do Rio Branco com Sebastião de Toledo Barros e vejam só as placas que têm por lá.


Ontem houve mais um acidente nessa problemática esquina; os moradores já perderam a conta de quantos aconteceram.
Já houve reclamações, protestos e não se resolve nada.
O que será que estão esperando pra tomar uma providência ?
Isso é uma vergonha.

sábado, 4 de setembro de 2010

Com vocês, os ilustres candidatos

Esse texto foi publicado no Comércio do Jahu, edição de 3 de setembro de 2010.

Com vocês, os ilustres candidatos
Maria Waldete de Oliveira Cestari
As eleições estão aí e neste ano um número muito grande de candidatos pertencentes ao esporte, televisão e música disputa o voto do eleitorado e tem sido alvo de críticas, por razões óbvias. Um texto exaustivamente divulgado pela internet é o que elenca alguns desses candidatos, a ficha de registro da candidatura e dados pessoais.
Nos esportes, os candidatos a deputado estadual são Popó e Fabiano, ex- jogador do Inter; a federal, Maguila, Marcelinho Carioca, Romário, Vampeta e Danrlei. No caso de Maguila, chama a atenção em sua ficha o grau de instrução: “lê e escreve”.
Na música, para deputado estadual concorrem Gaúcho da Fronteira, Leandro do KLB, Simony e Reginaldo Rossi. Para deputado federal, Juca Chaves, Kiko do KLB, Tati Quebra-Barraco e Sérgio Reis. Tati é candidata pelo PTC que elegeu Clodovil e ela foi escolhida, pois o partido queria um nome popular que tivesse chances de se eleger, como foi o estilista. Contra barracos no Congresso, vote em Tati.
Ainda na música, para o Senado, concorrem Rener, da dupla Rick e Rener e Netinho de Paula, do Negritude Jr. Para quem não se lembra, Rener foi considerado culpado num acidente automobilístico que matou duas pessoas em Santa Bárbara do Oeste em 20 de agosto de 2001; Netinho agrediu a socos sua mulher em 2 de agosto de 2005 e no dia seguinte ficou impedido de entrar em casa por determinação judicial. Em novembro do mesmo ano, na frente das câmeras, deu um soco na orelha de Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do Programa Pânico. Hoje, candidato, ele se diz arrependido do que fez e promete, se eleito, humanizar o Senado. Seu jingle diz: "To chegando no Senado para ajudar minha galera, trabalhar por esse Estado, pra essa gente tão sincera..." No Brasil, a nefasta atuação de figuras cujos interesses pessoais, vaidade e envolvimento em escândalos levaram a Casa e o cargo ao descrédito. Não há mais aquela aura de respeitabilidade, seriedade e austeridade como havia nas suas origens romanas. O Senado também foi pro brejo.
Na televisão, para deputado estadual estão no páreo Dedé Santana, o companheiro trapalhão de Didi; Mulher Melão, dançarina de funk e rainha dos taxistas do Rio e Ronaldo Esper, famoso por suas agulhadas. Para federal Pedro Manso, aquele que imita o Faustão; Batoré, o feio; Tiririca e Mulher Pêra. Estes dois últimos merecem considerações especiais.
Tiririca é aquele do “Pior do que ta não fica”, ou” Para deputado, vote no abestado”; é o “candidato lindo”, o que não sabe nada sobre as funções de deputado federal, “mas vote em mim que eu te conto". Em entrevista à TV UOL, disse que considera a política brasileira “uma piada” e que quer ser eleito para ajudar os mais pobres e sua família. Diz que por ser um palhaço, é o melhor representante do povo brasileiro. Em seu site oficial há notícias de que ele tem sido muito bem recebido por onde passa. Todos querem abraçá-lo, tirar fotos. De acordo com Gaudêncio Torquato em seu artigo no Comércio, discorrendo sobre esse tipo de candidato, “abraçar o artista no auge de sua fama significa, para um “pobre mortal”, partilhar, mesmo que por segundos, de um cantinho no Olimpo.” No Olimpo, com Tiririca. Quer coisa melhor?
A Mulher Pêra tem o apoio explícito do senador Eduardo Suplicy, que diz em um vídeo do Youtube: “É muito importante que possamos ter esta mulher eleita para o Congresso”. “A referência é que ela é uma pessoa séria.” O jingle de sua campanha é um funk:” A comunidade diz, vote na Pêra pra ser feliz. É federal, é federal, vote na Pêra que é legal.” Na última revista Veja, ela diz que se candidatou porque nos shows perguntava à galera em quem ia votar e ninguém sabia. E que nesses shows ela distribuía a pêra da paz, uma pêra que “eu pegava e escrevia paz nela. É um símbolo da paz, não é?” Ela promete se eleita não deixará de usar o espartilho que lhe conferiu a forma da fruta, mas que vai mudar um pouco o modo de se vestir. “Lá é preciso ter certo respeito.” Como Maguila, seu grau de instrução é “Lê e Escreve”.
Há mais de 50 anos, um jornalista desanimado com o baixo nível dos concorrentes para a Câmara Municipal de São Paulo, lançou a candidatura do rinoceronte Cacareco. Ele teve cerca de cem mil votos. Olhando esse desfile de despreparados, os cacarecos que desejam representar os brasileiros, conclui-se que a política não é levada a sério e como diz Torquato, ela continua velha. Velha, doente, capenga. Se os “profissionais” a levaram para a lama, os “amadores” a tirarão de lá? Tiririca, você não tem razão. A coisa pode ficar muito pior do que está.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Capas de discos

Interessante montagem feita com capas de discos. Autor desconhecido.












domingo, 29 de agosto de 2010

Conversê eleitoral

Nessa época de eleição, é bom ouvir o que o povo diz sobre política e políticos.

Conversê eleitoral
Maria Waldete de Oliveira Cestari
Sábado de manhã, Jardim de Baixo. Um barulho ensurdecedor. As amigas se encontram.
- Credo, que barulho! A gente sai de casa pra curtir um som de qualidade e essa barulheira infernal. Olhe aquela lá! Colocando adesivo em todos os carros! Sem pedir permissão! Era só o que faltava.
- Que falta de respeito! Ouça quantos rojões. Devem estar inaugurando algum comitê de candidato. E esse carro de som?
- É de outro candidato. O dia promete: sábado de sol, cidade cheia, as campanhas estão na rua. Aposto que daqui a pouco vai passar por aqui uma caravana, daquelas cheias de bandeiras, gente acenando, música no último. O páreo vai ser difícil.
- O pior é que pelo andar da carruagem... vamos ficar a ver navios.
- Você também acha, é?
- Acho não, tenho quase certeza. Já viu quantos candidatos querendo ser deputado tem em Jaú? É amor demais pela cidade. Coisa de louco.
- Que absurdo, não. Mais uma vez a história se repete. Cada um por si e a cidade que se lasque.
- Eu li um artigo no Comércio que dizia que numa projeção otimista, 80% dos votos válidos vão ser aproveitados. Mais ou menos 55 mil votos.
- Já pensou? Dividir isso pelo número de candidatos? Uns logicamente terão uma merreca de votos; outros terão mais, mas se não fizerem campanhas em outras cidades, vão dançar também.
- Esses que terão essa merreca que você falou, será que já pararam para pensar nisso? Não seria melhor saírem da parada e deixarem os votos pra quem tem chance? Ou acreditam em milagres?! Vão cair votos do céu, feito maná.
- Talvez até pensaram, mas sabe como é que é, né. Há mais coisas entre os políticos e a política do que imagina nossa vã cabeça dura.
- Acho isso uma falta de consideração com Jaú. Será que nunca vão se entender? Será que é tão difícil cada um ceder um pouco e se unir em favor da cidade?
- Difícil? Não. Impossível. No dicionário deles não existe a palavra consenso. Consenso é coisa de outro planeta. E mais uma vez, quem vai perder?
- Nós. A cidade. E para piorar, tens uns e outros que dizem: é, a gente elege um deputado e depois ele não faz nada.
- É impossível que alguém se eleja e durante quatro anos não faça nada pela cidade que o elegeu. Porque por menos que faça, alguma coisa por ela ele faz.
- Tem que fazer. E mostrar o que fez.
- Na eleição passada, quando tinha chance de Jaú eleger um deputado, eu ouvi muita gente dizer na cara dura que não ia votar em candidato daqui.
- É com isso que eu não me entra na cabeça: desdenham os daqui e votam nos de fora. Não é um absurdo? É, santo da casa não faz milagre mesmo.
- Vai tentar entender esse povo. Eles sempre têm uma porção de argumentos. E dá-lhe voto nos pára-quedistas estrangeiros. Aqueles que só mostram a cara quando chegam as eleições; depois somem e nunca mais aparecem. Ou fazem aparição cometa, dão uma verba aqui, outrazinha ali e desaparecem.
- Tem alguns eleitores que fazem isso e justificam dizendo que com essa penca de candidatos, há muita possibilidade de nenhum ser eleito, então não querem desperdiçar o voto. Só que assim, prejudicam os daqui.
- É mesmo. Vou lhe contar um absurdo. Eu sei de gente que na eleição passada preferiu votar em candidatos corruptos, com pendengas na justiça até o pescoço, aquelas velhas raposas, do que dar um voto de confiança nos daqui.
- Nossa, que atitude cidadã! Digna de mil chicotadas.
- Como foi dito naquele artigo do Comércio, estas eleições não vão ser para amadores e quem estiver se aventurando pode ter graves prejuízos políticos. Isso já aconteceu em outras épocas. Quem tem boa memória deve se lembrar de alguns casos.
- Vamos esperar pra ver. Aliás, escute lá a barulheira de novo. Vem vindo alguma caravana por aí.
- É amiga, no dia 4 de outubro, saberemos se Shakespeare tinha razão: muito barulho por nada. E se tiver, Jaú ficará mais uma vez sem representantes. O que será uma lástima.

Ipês rosa no auge de sua floração.

domingo, 22 de agosto de 2010

Filosofia do rodinho

Interessante texto do jauense José Antonio Biazetti, o Biá.

Certa vez meu pai reformou o banheiro de casa e quando da primeira lavagem, com a supervisão do pedreiro, adivinhem para onde a água foi? Óbvio, no canto atrás do vaso sanitário. Inquerido por meu pai sobre o porque da água não ir para o ralo, o pedreiro respondeu: "Oh, seu Biasetti, sempre recramano, hem! Se tuda veiz a água fo pu ralo as fábrica de rodinho vai pa falência!!!" É assim que é. Depois eu cito o porque disso.
Quando saí de casa hoje vi de novo o quintal cheio de carvãozinho. Quando será que isso acaba? Vamos à teoria do 1g (um grama). Nasci em Barra Bonita há 55 anos e desde criança esse carvão cai sobre minha cabeça. Todo ano a mesma coisa em certas épocas. Dêem uma olhadinha no que caiu de carvão dia 18/08 passado! Agora calculem isso 55 vezes. Multipliquem pelo número de casas só na nossa região. Multipliquem pelo número de vezes que isso acontece no ano. Calculou?

Calculem a quantidade de água gasta para lavar, para quem não varre ou para quem tem problema de saude e não é questão de opção varrer. Calculem a quantidade de dinheiro que o serviço público de saúde gasta com remédio para atender o povo que tem carvão na cabeça.

A mulherada ficou doida para lavar tudo. Não é para menos. Quem resiste a uma boa lavada na garagem, na varanda, no quintal, na calçada? Essa água toda não era para ser reservada para uma coisa mais nobre, como por exemplo, beber? Em vez disso ela corre sarjeta abaixo cheia de carvãozinho. Fique claro que não fotagrafei todas as calçadas, só fiquei impressionado com a quantidade, por isso estou escrevendo aqui.
Venho prometendo a mim mesmo parar com essa coisa de reclamar, mas não aguento. Essa mania vem de longe, como comecei no texto. Acho que pessoas como as que estão aí se candidatando para um cargo político deveria se comprometer realmente com uma causa dessas. Pelo visto as que estão por aí mentiram, porque tinham dito que iriam fazer algo em relação a isso. Acho até que tem lei, mas não tenho conhecimento que o MP esteja fazendo algo efetivo quanto a questão. Talvez achem insignificante o "probleminha" do carvão e da lavagem de ruas, e de 1g em 1g vamos indo. Essas pessoas talvez achem que é falta do que fazer essa reclamação. E essas pessoas estão fazendo o que? Acho que fabricando rodinhos.

Fotos - Walcestari







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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

33 COMENTÁRIOS DAS FOTOS ABAIXO RECEBIDOS POR EMAIL

Esses são apenas 33 dos comentários recebidos.
ACORDA, JAÚ.

1- Sinceramente...senti tristeza, vergonha e revolta!!!! O que fizeram com o meu jardim onde brinquei na infância, transitei com os colegas nos tempos de Instituto, namorei tranquilamente na juventude, levei meus filhos para a retreta aos domingos?...
Não podemos nos calar diante disso!!!Repassem, questionem, temos um dever, um compromisso com a nossa Jaú!
E pensar que é este o presente que recebemos neste 15 de agosto...Uma lástima!

2- Lamentável isso Wal...
Beijãooo

3-Wal
Você precisa re-conhecer são josé dos campos.
Se for a uma praça, na mais longinqua periferia de São José, vai ver que é completamente cuidada e ajardinada. proce ter uma ideia, todas elas são varridas tres vezes ao dia. todas as ruas são varridas todos os dias.
Não sou de são josé, mas me orgulho de ter morado lá; meus filhos nasceram lá e moram lá.
A prefeitura, onde me aposentei, é séria. Fui diretor de obras por muito tempo e nunca houve um caso de corrupção em toda nossa secretaria (é fato raro e severamente punido quando acontece em qualquer secretaria).
Trabalhei em cargo de confiança com prefeitos de diversos partidos políticos, inclusive contrários ao meu (PT). Nunca se cogitou em minha saída (isso tambem acontece com outros funcionários), porque é uma prefeitura que valoriza o ´tecnico (isso desde 1970)
Isso que voce nos mostrou nessas fotos é deprimente (tem um banco numa delas, em que o telefone é 347 - imagine a idade disso).
Realmente lamentável.
Um beijo.

4-AMIGA WALDETE!
PARABÉNS, É DE PESSOAS ASSIM ,DE ATITUDE COMO VOCÊ ,QUE SABEM O QUE FAZEM É QUE NOSSA JAÚ PRECISA ,MIL.VEZES ,PARABÉNS. TIRO MEU CHAPÉU PARA VOCÊ.
OS JAUENSES AGRADECEM. E OS MORADORES AQUI DO CENTRO TAMBÉM. CONTE COMIGO NESSA LUTA. BEIJÃO.



5- VAMOS VER SE CONSEGUIREMOS QUE ALGUEM TOME ALGUMA PROVIDÊNCIA. PRECISA ENCAMINHAR UM EMAIL PARA A PREFEITURA.


6- Wal, as suas fotos do Jardim de Baixo são contundentes.



7- Wal,
vi estas fotos e fiquei triste por ver nossa querida praça, que é cartão de visita de nossa cidade, neste estado.
Mas isso não é apenas descaso dos nossos governantes.
É PURA FALTA DE EDUCAÇÃO DO NOSSO POVO.
Eles jogam copos, papel, latinhas, etc não chão, quebram tudo o que vêem na frente.
Se a prefeitura for hoje consertar as luminarias, bancos e jardins... semana que vem vai estar tudo igual.
Pra que isso não aconteça, tem que ter policiamento no local dia e noite.
Logo depois do Jardim S.José, tem um terreno que virou descarte de lixos diversos.
Infelizmente tudo isso é PURA FALTA DE EDUCAÇÃO DO NOSSO POVO.


8-querida wal, esse é um péssimo presente do dia dos pais, nós que conhecemos essa praça de velhos tempos. masss....... ......... ......... ..a praça da republica é uma pequena ferida no leproso.
eu acho melhor vc não se aprofundar no que está acontecendo para não se desgastar.
bjs.
felicidades

9- que triste......parabens pela reportagem
um abraço

10-Cara Wal, bom dia, lembranças à família. Realmente é muito triste a
realidade. Eu e ..., namoramos muito
nos bancos do bem conservados Jardim de Baixo....... ..... Onde o poder
público e a segurança deixam espaços...., eles
serão ocupados pelos "oportunistas"...e assim acabam destruindo tudo
de bom que outrora fora local de encontro
de famílias inteiras. Que saudades, éramos felizes e não sabíamos!!!.


11-Oi Wal, bom dia.
Realmente vc tem razão, nós jauenses que amamos nossa cidade não merecemos isso, principalmente
quanta saudade traz o jardim onde pulamos ao redor do coreto com a Banda Carlos Gomes na nossa infancia,
e namoramos nesses bancos na nossa adolescencia. É muito triste.
Será que essas fotos não conseguem chegar aos nossos orgãos publicos?
Seria ótimo, mas pensando bem... será que eles se importam com isso e com o povo?
Abs


12-Nossa, que tristeza. Manda pro jornal. A prefeitura precisa colocar vigilância pois a rapaziada precisa ser educada.
Dá até dó ver coisas antigas quebradas que têm pouca chance de ser reconstituida. Daí eles trocam por coisas modernas que não tem nada a ver com o que era....ai ai ai ai ai .
bjs

13-Oi, bom dia!

Poderia ser um lindo dia para se passear no jardim,mas, não nesse
jardim tão abandonado.. .Concordo plenamente q. medidas tenham q. ser tomadas,pois não temos nem um jardim nesta cidade q. possa ser nosso cartào postal o q. é uma peeeeeena!

14-Manda p/ o prefeito , seria mto bom...
bjus

15-Que pena!
A cada vez que vou a Jaú, parece que está pior: mais suja, as calçadas mais quebradas...
Quanto custa um varredor de rua? Será que os impostos recolhidos em Jaú não conseguem pagar?
É uma pena, pois a arquitetura de Jaú é belíssima, marca uma época e nada tem sido feito para preservá-la.
Que tal a lei da cidade limpa?
São Paulo ficou muito mais bonita!
Acho que Jaú poderia datá-la e valorizar seu patrimonio histórico!
Abs

16-Wal, tomara que seu PPS chegue no computador de quem pode providenciar a manutenção do lugar, afinal, eu estive lá há uns 3 anos e não era feio assim.

Jaú merece ser bem tratada.

Bjs

17-Olá Wal,

Que bom que você está denunciando este descalabro. Que absurdo?

Onde estão as "autoridades" responsáveis por essa cidade? Como deixaram chegar a este estado?

Lamentável!

Bjs


18-Estou pasma com as fotos do nosso lindo jardim,ou melhor,que foi nosso lindo jardim !
Que que e isso?!Accho que quem e i-responsavel, nao e de Jahu,pois esta pouco se lixando
pelo patimonio da cidade!
Estou indignada com o descaso da prefeitura!E ocaso de se fazer uma passeata como nos velhos tempos pra ver se
esse povo toma vergonha na cara!

19-E muito triste ver a falta de interesse para com a nossa cidade.E pensar que e gente que mora ai ,ne?
Espero que essa situaçao se reverta logo.Conte comigo para o que precisar.
Beijo grande

20-Que coisa triste... uma praça tão bonita e tão mal cuidada.
E ainda falta falar da frequencia.. .alguns dias dá medo passar por lá "a luz do sol", imagine qdo escurece.
Primeiro tem que cair pra depois levantar?
bjs


21-Wal, que tristeza! Fico triste todos os dias, pois tenho observado o abandono de tudo aquilo. Outro dia vi um funcionário recolhendo as cadeiras que ficam ali ao sábados e depois de empilhadas ele as jogava por sobre as grades, lá dentro do coreto. Tem dia que a praça cheira merda, de gente mesmo! Mas observei também, há alguns dias, um bom movimento de limpeza da praça. galhos secos das árvores, que eram muitos e que podiam cair sobre os passantes, foram retirados, outros que escureciam muito a praça foram podados, canteiros parecem que vão ser reconstruidos e replantados, espero que também os bancos e as lâmpadas sejam trocados. Lembro-me com saudade dos artigos de N.N. (Nilsen Kuntz, dona Filhinha) a respeito do descaso do jardim de baixo, menina dos olhos dela. E já faz muito, muito anos. Uma pena que nada muda. E parece que manutenção e conservação em nossa Jaú são palavras fora de fora de moda.

22-É uma lástima. Espero siceramente que as coisas mudem com essa cutucada.bjs

23-Foi pra lá de tapa na cara.
Avise-nos se vão mexer no jardim.

24-WALDETE!
, TUDO BEM?
COMO TODOS OS DIAS FUI AO JARDIM.REALMENTE TIRARAM 9 COQUEIROS. NÃO SEI SE É COQUEIRO OU QUE NOME É ESSA PLANTA. SÓ SEI QUE É UMA PLANTA ORNAMENTAL.

Ontem enquanto se comemorava o aniversário do Pradão, nós nque não pudemos nos deslocar até o Fraga's propusemos e o Rotary Club de Jahu irá enviar ao Prefeito Osvaldo ofício pedindo sua atenção à nossa querida praça, de tantas lembranças de nossas infâncias, que tome providências quanto à sua conservação.

25-Sabemos que é interesse de pessoas drogadas, e outras que por sí só já são uma droga, manter o local inóspito e escuro para que sua frequência seja reduzida.
Êles mesmos quebram as luminárias.
Sugerimos que assim que seja restaurada, podada e limpa se instale alí um posto policial para ajudar a manter a ordem alí e na região.
Vamos esperar para ver...

26-Waldete,certamente Jaú não merece isso.


27- Oi amiga, passei por lá hoje e vi os funcionários varrendo, mas as
lâmpadas, ai as lâmpadas....Se não tiver segurança 24 horas, elas serão
sempre quebradas. Infelizmente, o mesmo deve acontecer nas escolas que
estão recebendo tecnologia. Que pena!
De qualquer forma, o seu trabalho é brilhante! Parabéns.

28-Continue presente, nossa praça merece!!!
bjs

29-Parabéns pela sua iniciativa! Os lugares não se protegem, as pessoas precisam fazer algo por eles e você É GENTE QUE FAZ!

30-Wal, parabéns pela empreitada. Uma sugestão para a polícia, o coreto é um ótimo ponto de observação, tanto de dia quanto de noite. só a passagem de policiais não basta. Há que se ter um policial ali constantemente. Sei que não é tão simples assim, mas é caso para se pensar, e rapidamente.
Abraço

31-Caríssima Wal, Boa Noite ! ! !
Estou surpreso e muito perplexo com o que vejo ! ! !
Não é crível que em pleno mês de agosto, mês de aniversário da nossa querida cidade, ocasião em que deveríamos vê-la mais bela e limpa (como nos velhos tempos), nos deparamos com imagens como essas...
Cadê o "Verde" de nossa praça ? ? ?
Cadê os bancos de nossa praça ? ? ?
Ainda bem que ainda encontramos jauenses de olho na cidade e com uma máquina prontinha para ser usada...
Essa é uma bandeira que eu também levanto, porque Jahu é uma cidade que eu também amo.

32-Bom dia,Waldete

Fico indignada com tanto descaso ,mas aqui vai uma idéia q deu certo pelo menos aqui no meu bairro,existe uma comissão de bairro para tentar ao menos consertar,foram catalogadas todas as àrvores existentes de rua em rua,praças,dizendo q especie,originaria de onde....,eo povo chama jornar,dá queixa se alguém arranca,tem q ter autorização da prefeitura (parques e jardins),e tem q plantar outra no lugar.
Bem, aqui vai outra idéia pra vc, existe uma revista q é distribuida gratuitamente chama Raio X é do bairro, mas em Jaú dá pra fazer a cidade toda, é catologada a rua:
nome...fala quem foi a pessoa ,o q fez..., o nº se é casa ,terreno, comércio, é distribuida gratuitamente, pq o comerciantes apoiam.
Espero ter ajudado.

33-Bom dia,
Acredito que todos os Jauenses amam essa cidade.
Vamos ficar de olhos bem abertos para ver onde estão indo as nossas arvorezinhas.......
E quem sabe pode ser criado um sistema de irrigação para que as graminhas fiquem verdinhas.
Bjs

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NOSSO JARDIM DE BAIXO

Imagens falam mais do que palavras.
Com a palavra nossos dirigentes municipais.