domingo, 22 de agosto de 2010

Filosofia do rodinho

Interessante texto do jauense José Antonio Biazetti, o Biá.

Certa vez meu pai reformou o banheiro de casa e quando da primeira lavagem, com a supervisão do pedreiro, adivinhem para onde a água foi? Óbvio, no canto atrás do vaso sanitário. Inquerido por meu pai sobre o porque da água não ir para o ralo, o pedreiro respondeu: "Oh, seu Biasetti, sempre recramano, hem! Se tuda veiz a água fo pu ralo as fábrica de rodinho vai pa falência!!!" É assim que é. Depois eu cito o porque disso.
Quando saí de casa hoje vi de novo o quintal cheio de carvãozinho. Quando será que isso acaba? Vamos à teoria do 1g (um grama). Nasci em Barra Bonita há 55 anos e desde criança esse carvão cai sobre minha cabeça. Todo ano a mesma coisa em certas épocas. Dêem uma olhadinha no que caiu de carvão dia 18/08 passado! Agora calculem isso 55 vezes. Multipliquem pelo número de casas só na nossa região. Multipliquem pelo número de vezes que isso acontece no ano. Calculou?

Calculem a quantidade de água gasta para lavar, para quem não varre ou para quem tem problema de saude e não é questão de opção varrer. Calculem a quantidade de dinheiro que o serviço público de saúde gasta com remédio para atender o povo que tem carvão na cabeça.

A mulherada ficou doida para lavar tudo. Não é para menos. Quem resiste a uma boa lavada na garagem, na varanda, no quintal, na calçada? Essa água toda não era para ser reservada para uma coisa mais nobre, como por exemplo, beber? Em vez disso ela corre sarjeta abaixo cheia de carvãozinho. Fique claro que não fotagrafei todas as calçadas, só fiquei impressionado com a quantidade, por isso estou escrevendo aqui.
Venho prometendo a mim mesmo parar com essa coisa de reclamar, mas não aguento. Essa mania vem de longe, como comecei no texto. Acho que pessoas como as que estão aí se candidatando para um cargo político deveria se comprometer realmente com uma causa dessas. Pelo visto as que estão por aí mentiram, porque tinham dito que iriam fazer algo em relação a isso. Acho até que tem lei, mas não tenho conhecimento que o MP esteja fazendo algo efetivo quanto a questão. Talvez achem insignificante o "probleminha" do carvão e da lavagem de ruas, e de 1g em 1g vamos indo. Essas pessoas talvez achem que é falta do que fazer essa reclamação. E essas pessoas estão fazendo o que? Acho que fabricando rodinhos.

Fotos - Walcestari







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