quinta-feira, 13 de maio de 2010

PATRIMÔNIOS DA JAUENSIDADE

Dois patrimônios da jauensidade com fotos.



Água do Cano Torto – Dizia uma lenda jauense que quem bebesse água do Cano Torto, sempre voltaria para Jaú. De acordo com o jornalista José Renato de Almeida Prado, em seu artigo publicado no Comércio em 11/03/2006, a história do Cano Torto “começou antes de 1850. A confluência atual das Ruas Tenente Lopes e General Galvão era um dos pontos baixos da cidade. O local alagava-se facilmente no período chuvoso por causa da proximidade com o Rio Jaú e, com isso tornou-se ponto de parada para tropeiros e boiadeiros que vinham da região de Bauru para comercializar animais de Brotas para adiante.”



Com o passar dos anos, as enchentes no local se acabaram, porque o rio foi desassoriado e em 1936, com a morte de Miguel Rosso, proprietário de terras, o terreno foi doado para a Prefeitura. Nele havia uma mina; a água escorria e ia em direção ao rio Jaú. Almeida Prado continua: “a administração pública canalizou a água cristalina e construiu o bebedouro: tinha origem o Cano Torto, formado por uma cuia de cerca de 2,5 metros de diâmetro e uma pequena parede vertical com um cano torno que redirecionava a produção da mina.”

( fotos cedidas por Italo Poli )

Em 1970 o “Canão” foi mudado para a Avenida Marginal, na Praça Miguel Rosso, onde está até hoje. Esse patrimônio foi sugerido por José Ayres Ferracini, o popular Canão, que ganhou esse apelido graças a uma história ligada ao Cano Torto.


( foto tirada por mim em janeiro, em dia de enchente )

Chuveiro Canhos – Segundo artigo do jornalista José Renato de Almeida Prado, publicado em 16/06/2007 no Comércio, em 1927, Francisco Canhos inventou o primeiro chuveiro elétrico do país e em 1940, o chuveiro elétrico automático, que ligava automaticamente ao abrir o registro de água. Foi o primeiro chuveiro elétrico automático brasileiro e foi praticamente a base dos outros desenvolvidos posteriormente por outras empresas. Em 1943, ele patenteou sua invenção, mas alguns anos depois seu procurador, mancomunado com um concorrente, deixou de pagar uma prestação e a patente caducou. A Lorenzetti conseguiu a patente definitiva e até hoje se diz inventora do chuveiro criado pelo jauense.

Chico Canhos era o “mago da eletricidade”, da criatividade e inventou mais de duzentos produtos. Ele marcou os carnavais de décadas passadas, com carros alegóricos deslumbrantes, criativos, cheios de luzes, que eram muito aguardados nos desfiles.

Certa vez, colocou em um desses carros um artefato que espirrava perfume. O inventor jauense também construiu memoráveis presépios animados que expunha ao povo na época do Natal.
Não só o chuveiro Canhos é um patrimônio da jauensidade, mas Francisco Canhos também.

(fotos cedidas por Italo Poli)

4 comentários:

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  2. ...Criador do chuveiro elétrico completamente automático ... "Francisco Canhos" ... Se você toma seu banho e quentinho num frio desses você deve enviar um pensamento positivo a este homem. O chuveiro elétrico é invenção brasileira, você sabia?...

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  3. ...Criador do chuveiro elétrico completamente automático ... "Francisco Canhos" ... Se você toma seu banho e quentinho num frio desses você deve enviar um pensamento positivo a este homem. O chuveiro elétrico é invenção brasileira, você sabia?...

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