quarta-feira, 19 de maio de 2010

Socorro ! A dengue avança em Jaú


Muito se ouve pela cidade, que há muitos casos de dengue em lugares nunca dantes infestados. E que o número de infectados é muito grande, como provou hoje o Comércio do Jahu numa matéria sobre o assunto . O que tem causado surpresa é a quantidade de pessoas doentes, residentes nas áreas centrais da cidade. Nas imediações do Cano Torto e adjacências há casos de várias pessoas da mesma família com dengue.
A reportagem esclarece o que está acontecendo na cidade e os números, comparados a cidades de maior parte, são impressionantes. Abaixo, a matéria completa sobre o assunto.
Ah, por falar nisso, onde está o veículo que faz a nebulização na cidade ?

Número de casos de dengue sobe para 237
Da redação
redacao@comerciodojahu.com.br

O ano de 2010 ficará marcado em Jaú pelo maior número de casos confirmados de dengue em toda a história da cidade. Até ontem, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) havia registrado 237 casos autóctones – contraídos no Município – e importados e ainda aguarda o resultado de mais 79 exames. Os suspeitos neste ano chegam a 401.
Em cidades do mesmo porte de Jaú, como Botucatu, com mais de 130 mil habitantes, foram registrados apenas seis casos neste ano. São Carlos, com aproximadamente 220 mil, possui 182 ocorrências.
Em Jaú, o máximo atingido até então havia sido 207 casos em 1996. Para se ter ideia, em 2009, segundo o CVE, foram apenas duas confirmações. Esse aumento significativo era esperado pelo secretário da Saúde de Jaú, Jaime Spanghero, que cita o grande volume de chuvas no ano passado como fator preponderante para a atual situação.
“Os agentes de vetores do Centro de Controle de Zoonoses previam o aumento pelos resultados das visitas no ano passado, decorrentes das chuvas e do descuido da população que se esqueceu da dengue e se preocupou somente com a gripe (H1N1)”, fala.
Spanghero comenta que, em outubro do ano passado, os números do índice Breteau – valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrada em habitações – alertavam para o que poderia acontecer este ano.
Conforme explica o secretário, a cada cem casas, em oito eram identificadas larvas e criadouros do mosquito da dengue. O Ministério da Saúde recomenda que o índice não ultrapasse duas casas a cada cem.
Situação
O secretário classifica a situação como não alarmante e diz que por sorte ainda não surgiram casos de dengue hemorrágica. Ele lembra que não há vacina e nem tratamento para a doença e pede a ajuda da população com trabalhos de prevenção. “Não falta informação, todos os veículos de mídia divulgam campanha, mas as pessoas precisam colaborar.”
De acordo com a diretora técnica da Vigilância Epidemiológica de Jaú, Suzete Nascimento Carrara, os bairros que mais preocupam atualmente estão nas imediações do Hospital Amaral Carvalho, Jardins Maria Luiza 4 e Padre Augusto Sani (veja quadro). Ela observa que o movimento da população flutuante em volta do hospital contribui para o descuido com o número de pensões e pessoas de passagem pela cidade.
Em relação aos outros dois bairros citados, Suzete revela ter dificuldades para realizar os serviços de prevenção pela existência de muitos imóveis fechados e casas que ficam vazias durante o dia. “Dessa forma temos o trabalho prejudicado, pois fica incompleto. Se houver criadouro em uma dessas residências pode se alastrar para outras”, salienta.


Cano Torto - a bacia de concreto está com água parada. Será que aí estariam alguns mosquitos da dengue ?

Um comentário:

  1. Esse é o resultado não apenas do descuido da população mas também do descaso que campeia pelas secretarias municipais. Há uns meses liguei para a Zoonose preocupada tanto com as praças com espelho de água, muito sujos e o kartodromo e ouvi que as praças eram problemas do Meio Ambiente e que as larvas, se houvessem no kartodromo, tbém não estariam contaminadas, pois quem está com dengue não tem ânimo para a prática de exercícios. Parece piada, mas foi exatamente isso que ouvi do chefe do setor.

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