quinta-feira, 27 de maio de 2010

PATRIMÔNIOS DA JAUENSIDADE


- Orquestras Capelozza e Continental – Essas duas orquestras têm muito em comum. A Orquestra Continental de Jaú foi criada com o nome de Jazz Orquestra Típica Continental de Jaú, no dia 7 de setembro de 1942, no Jahu Clube, pelos irmãos Amélio e Plácido Antonio Capelozza (Tunin). Em l946, passou a se chamar Orquestra Continental de Jaú. Em 1948 os irmãos Capelozza se mudaram para Marília e ela passou a ser dirigida por Waldomiro de Oliveira, meu pai, que era o cantor e ficou no cargo até 1968. Pouco tempo depois, a orquestra se dissolveu. Em 1949, os Capelozza voltaram para Jaú e fundaram a Líder Orquestra, que passou a se chamar Orquestra Capelozza, que encerrou suas atividades em 1970, com um baile no Nosso Clube de Bocaina. Por onde passavam, as orquestras deixavam gravado o nome de Jaú.
- Banda Marcial de Jaú - Na década de 50, Cassiano Pereira Pinto de Toledo, porteiro do Instituto de Educação Caetano Lourenço de Camargo, propôs a criação de uma fanfarra na escola para abrilhantar as apresentações dos alunos. Depois de muito trabalho para buscar recursos, estreou oficialmente em maio de 1954. Em 1959 passou à denominação de Banda Marcial e até 1970, quando encerrou suas atividades, teve uma trajetória de sucesso. Foi oito vezes campeã estadual, abrilhantou a abertura dos Jogos da Primavera no Rio de Janeiro, participou de festividades cívicas em várias cidades, se apresentou na TV e gravou dois LPs. A banda dos 120 passos por minuto fazia sucesso por onde passava e o nome de Jaú ecoava junto com sua música e ritmo contagiantes.
- Hospital Amaral Carvalho – No início dos anos 1900, o casal Anna Marcelina Campanhã de Carvalho e Domingos Pereira de Carvalho doou terras para a construção de uma maternidade, que foi fundada em 1936. A maternidade cresceu e se transformou no Hospital Amaral Carvalho. Em 2006, ao completar 70 anos, foi o recordista nacional em transplante de medula óssea e em 2008 e 2009 ficou entre os dez melhores hospitais do estado. Atende a pacientes de várias regiões do Brasil e alguns países do exterior e oferece um dos melhores e mais humanizados serviços oncológicos do país. É referência nacional em prevenção, diagnóstico, tratamento, pesquisa do câncer, é orgulho da cidade e um legítimo patrimônio da jauensidade.

- Saul Galvão – Ele costumava dizer que “modéstia à parte”, era de Jaú. Dedicou-se à crítica gastronômica por mais de trinta anos. Generoso, expansivo, descomplicado, espirituoso, tinha temperamento festivo e se comunicava muito bem com amadores, especialistas e profissionais.
Ele dizia que as melhores cidades do mundo eram Jaú, São Paulo e Paris e gostava de escrever sobre as especialidades culinárias “incomparáveis” de sua casa. Segundo o enólogo Carlos Cabral, Saul vivia cantando em prosa e verso as delícias de sua infância em Jaú, onde convivia com a natureza e uma abundância de iguarias. Saul, um dos mais genuínos patrimônios da jauensidade.
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João Ribeiro de Barros e hidroavião Jahú – o aviador jauense saiu com o hidroavião Jahú de Gênova, na Itália, em 18 de outubro de 1926 e depois de inúmeros reveses, sabotagens, traições e pousos de emergência, decolou de Cabo Verde na madrugada do dia 28 de abril de 1927 e chegou ao Arquipélago de Fernando de Noronha por volta das dezessete horas do mesmo dia. Foi o primeiro aviador das três Américas a fazer a travessia aérea do Oceano Atlântico, da África à América do Sul, sem reabastecer e sem apoio marítimo. Hoje, finalmente, a cidade rende homenagens a João Ribeiro, que levou o seu nome para o ar, a terra e o mar.

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